ARTIGOS - A Profissionalizaçao da Gestão Esportiva |
A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO ESPORTIVA ROBERTO PUGLIESE JUNIOR
Estamos na era da mídia, do marketing, da venda da imagem, do Big-Brother, do Orkut, do merchandising. Os noticiários esportivos falam muito mais de um drible do Neymar ou da “balada” do Adriano do que do título do Campeonato Carioca de futebol ou da Liga Nacional de Vôlei, por exemplo. Isso é reflexo do momento em que vivemos no mundo e conseqüentemente no esporte. A gestão esportiva está sendo revolucionada. Hoje não há mais espaço para o gestor que não tenha formação, conhecimento técnico e científico sobre a área que administra e afins. Foi se o tempo que o dirigente esportivo era conhecido por “cartola”, pois se tratavam de “figurões” que administravam o esporte através do poder político e econômico, como uma forma de estarem próximos da modalidade que os divertia nas horas da lazer. Este mesmo dirigente era o responsável pela execução de todos os atos de gestão da entidade esportiva de forma lúdica.
Ainda atualmente, a grande maioria dos diretores das entidades de administração (federações) e de prática (clubes) atua de forma amadora, são eleitos pelo poder político que lhes é conferido pelos demais associados, para gerir e representar a mesma por um determinado período. Não lhes são exigidos o conhecimento científico do esporte, nem conferida qualquer remuneração pela atividade exercida. Como manter as entidades sem as receitas do marketing? Ou como não dispor de assessoria jurídica ou médica especializada? Como construir equipes vencedoras sem estudo técnico profundo sobre nutrição, psicologia, técnicas de preparação física e de treinamento de última geração? Impossível! Se não dispuser de conhecimento nas áreas de interesses de cada atividade esportiva, clubes e federações serão administrados empiricamente, como no passado, caminhando em direção contrária às tendências e necessidades contemporâneas do esporte.
|